Com fortes chuvas, sobe para 24 número de açudes sangrando no Ceará
Subiu para 24 o número de açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) que atingiram a capacidade máxima e se encontram vertendo (sangrando) nesta segunda-feira (20). As fortes chuvas registradas neste fim de semana em todo o Ceará geraram bons volumes principalmente em reservatórios das regiões Norte, Sul e Litoral. O Sertão Central, região que ainda inspira atenção, também recebeu bons aportes, fato que refletiu na sangria do açude São José I, em Boa Viagem, o primeiro da Bacia do Banabuiú a verter em 2023. O assunto ganhou destaque no Jornal Alerta Geral desta terça-feira (21).
Os acumulados registrados na Bacia Hidrográfica do Litoral foram os mais expressivos dos últimos dias. Na região, já são cinco açudes monitorados sangrando: Mundaú, Gameleira, Quandú, São Pedro Timbaúba e Poço Verde. Em apenas uma semana, a reserva acumulada na bacia passou de 62% para 80%. O volume total no Estado é de 33,6%.
Conforme explica o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, para que aconteçam aportes significativos é necessário que as chuvas ocorram de forma contínua e no local adequado. O gestor ainda alerta para as condições dos grandes reservatórios, considerados estratégicos. “Dos quatro maiores reservatórios do Estado, apenas o Araras, na Bacia do Acaraú, encontra-se em situação bastante confortável, com 73,6% da sua capacidade. Em seguida temos o Orós, com 47,5%, o Castanhão com 20,6% e o Banabuiú, com apenas 10%”, detalha”.
O quadro de reservação hídrica ainda varia de região para região. Bacias como a do Coreaú (86,2%), Acaraú (70,2%) e Metropolitanas (66,1%) contrastam com as regiões hidrográficas do Banabuiú (11,8%) e Sertões de Crateús (13,4%). “Isso decorre de uma das principais características do nosso regime de chuvas, a irregularidade no tempo e no espaço. Ou seja, nossasO gestor explica que a operação dos reservatórios ocorre levando em consideração os acumulados ao fim da quadra chuvosa. “Para isso, são feitas reuniões com os colegiados dos Comitês de Bacias e realizados simulações dos cenários de uso da água em cada região do Ceará. O intuito é garantir uma operação segura para todos e atender as demandas prioritárias estipuladas pela legislação.” chuvas não são homogêneas no território nem constantes”, ensina João Lúcio.